quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Don Sancho

hoje quando cheguei ao trabalho havia um prato com estas riquezas!

sábado, 17 de janeiro de 2015

por aqui

gosto muito de partilhas, dar e receber. adoro escrever e mostrar coisas nossas, do nosso mundo, mesmo com fotos cuja qualidade não transmita tudo o que gostava.

mas dou por mim com tempo muito limitado e a pensar se este é um bom tempo para partilhas, mesmo que poucas.

dar de mim nos sítios que tenho de chegar.

estar presente em casa, quando isso significa que a casa pode estar suja, mas os muitos abraços são apertados, não querer perder todas as teorias que a D nos conta, nem os momentos em que ela pede para colocarmos o mano ao lado dela porque quer conversar com o mano. ele olha-a esbugalhado, ela faz vozes diferentes para o entreter, explica-lhe calmamente que não se grita, tira-lhe mais à bruta a mão da boca, diz-lhe que pomos o braço à frente para fazermos atchim! mostra-lhe os brinquedos e como se podem usar, apresenta-lhe todos os personagens d'O Livro da Selva e do Ruca, diz-lhe que gosta do Luís, o amigo do Ruca. bater palminhas para ele, com ele, ensinar-lhe. cantar os Parabéns e ser sempre o mano S a fazer anos. pedir para acendermos o rádio na cozinha, pôr-se a dançar, eu ou o pai pegamos no mano e dançamos todos, o S ri-se à gargalhada. correr pela cozinha ou pelo hall "mãe olha para mim, estou a correr, pega no mano e apanha-me" e eu vou com ele virado para a frente e com os braços esticados, riem-se os dois à gargalhada, as gargalhadas de ambos são iguais, com o mesmo tom e as mesmas pausas. colocar o S no sofá com ela deitada ao lado, desviar o olhar e quando volto, está ela a dar a bolacha ao S, como se tivessem escondidos, ar cúmplice "mamã, o mano gosta da minha bolacha!", sim! aquela bolacha que ele ainda não pode comer, está na boca dele, ele suga e ri-se. estarem umas horas separados e quando se vêem, ela vem a correr "Shamueliiiii" ele põe-se aos saltinhos, quando é de manhã, o sorriso dela abre-se "o mano já acordou.. (aproxima-se) olá mano, dormiste bem? estás bom?" dá-lhe um beijo na cara, num sítio qualquer, o primeiro que vier, ele fecha os olhinhos e aninha-se à cara da mana.

voltar a trabalhar. nos dias que o S fica na minha mãe, estar mais preocupada mas respiro e esqueço, disse à minha mãe que não irei telefonar e pedir para fazê-lo sempre que precisar, mas não mais que isso, explicar-lhe que não é desinteresse ou despreocupação, é confiar nela e saber que ele está bem, é precisar também eu de estar bem e precisar de me focar. voltar às politiquices do trabalho, aos ambientes cinza e aos sorrisos acolhedores de quem não faz muito parte de nós, mas que nos quer bem. quando estou ali, estou mesmo ali, não me telefonem se não for sério. voltar a ter conversas de gente grande, especialmente sobre o parto e o dia a dia com dois pirralhinhos. nas reuniões, trabalho puro e duro. ter muito trabalho, não respirar, soprar, saber que me irrita imenso gente que está sempre a soprar, descobrir que sopro e pode ser muito. gostar de ir trabalhar, cada vez mais, ver pessoas e imaginar-lhes a vida no comboio cheio outra vez. ler no comboio, muitas páginas! gostar de ir trabalhar, mas sem pensar, dói.

domingo, 4 de janeiro de 2015

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