UFFF! hoje custou. acho. quer dizer.. acho que tenho mais receio de que custe no futuro, que me arrependa, do que realmente me custou hoje.agora, é não pensar mais nisso.
fui almoçar a casa dos meus pais, e após o café, arregaçar as mangas. em cerca de uma hora enchi 3 sacos: 1 de papel, 2 de indiferenciados. primeiro para o papelão, segundos para o lixo. deixei ainda uma pilha bem grande de revistas antigas - Única, Activa - para a minha mãe ler o que lhe interessar. fiz com que me prometesse que depois vão direitinhas para o papelão. o que mais peso teve (e poderá ter) são papéis e papéis escritos. pensamentos pequenos, recados que alguém especial me deixou, e acima de tudo, muitas horas de pensamentos dados no púlpito da Igreja, passados para papel. durante anos pensei em passá-los a computador, que seria enriquecedor, mas a verdade é que o que me enriqueceu na altura foram as palavras que a pessoa disse, aquelas Palavras certeiras que não é possível transcrever para um papel e, muito menos, passados (alguns deles) mais de 15 anos, não vou conseguir lembrar-me do que é que foi importante ali, quando os passasse para o computador - lixo. ainda encontrei disquetes (!). uma fez-me arrepiar "Silêncios 2002" - os silêncios são momentos só meus, escritos em folhas em branco que deixaram de o ser. minhas, só minhas. algumas com password para ter certeza que ninguém as folheava. mas até o computador da minha mãe já não tem leitor de disquetes, basta-me acreditar que imprimi ou passei tudo para algum backup. tudo para o lixo.
às tantas parecia que me tinha dado a fúria e se mais tempo tivesse, muito mais tinha acontecido. sem medos. pensei que já devia estar a chegar as 16.00, mas afinal já passava das 16.30. a fúria voltará noutro dia.
o meu segredo? ser implacável (lol). por um lado não pensar demasiado. aquelas coisas estão em casa da minha mãe e durante anos não tenho precisado delas, porque hei-de precisar agora? por outro lado, pensar muito no objectivo, não me faz sentido nenhum ainda ter coisas minhas em casa dos meus pais (não tenho direito de estar a tralhar a vida deles nem ocupar-lhes os móveis), e não quero tralhar mais a nossa casa com coisas que não fazem falta.
sabe muito bem destralhar em tempo de férias :D
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