quarta-feira, 13 de junho de 2012

destralhar papéis importantes

UFFF! hoje custou. acho. quer dizer.. acho que tenho mais receio de que custe no futuro, que me arrependa, do que realmente me custou hoje.agora, é não pensar mais nisso. 
fui almoçar a casa dos meus pais, e após o café, arregaçar as mangas. em cerca de uma hora enchi 3 sacos: 1 de papel, 2 de indiferenciados. primeiro para o papelão, segundos para o lixo. deixei ainda uma pilha bem grande de revistas antigas - Única, Activa - para a minha mãe ler o que lhe interessar. fiz com que me prometesse que depois vão direitinhas para o papelão. o que mais peso teve (e poderá ter) são papéis e papéis escritos. pensamentos pequenos, recados que alguém especial me deixou, e acima de tudo, muitas horas de pensamentos dados no púlpito da Igreja, passados para papel. durante anos pensei em passá-los a computador, que seria enriquecedor, mas a verdade é que o que me enriqueceu na altura foram as palavras que a pessoa disse, aquelas Palavras certeiras que não é possível transcrever para um papel e, muito menos, passados (alguns deles) mais de 15 anos, não vou conseguir lembrar-me do que é que foi importante ali, quando os passasse para o computador - lixo. ainda encontrei disquetes (!). uma fez-me arrepiar "Silêncios 2002" - os silêncios são momentos só meus, escritos em folhas em branco que deixaram de o ser. minhas, só minhas. algumas com password para ter certeza que ninguém as folheava. mas até o computador da minha mãe já não tem leitor de disquetes, basta-me acreditar que imprimi ou passei tudo para algum backup. tudo para o lixo.

às tantas parecia que me tinha dado a fúria e se mais tempo tivesse, muito mais tinha acontecido. sem medos. pensei que já devia estar a chegar as 16.00, mas afinal já passava das 16.30. a fúria voltará noutro dia.

o meu segredo? ser implacável (lol). por um lado não pensar demasiado. aquelas coisas estão em casa da minha mãe e durante anos não tenho  precisado delas, porque hei-de precisar agora? por outro lado, pensar muito no objectivo, não me faz sentido nenhum ainda ter coisas minhas em casa dos meus pais (não tenho direito de estar a tralhar a vida deles nem ocupar-lhes os móveis), e não quero tralhar mais a nossa casa com coisas que não fazem falta.

sabe muito bem destralhar em tempo de férias :D

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