é assim que me sinto.
um fim-semana muito bom, fora daqui, a descansar e num ambiente de total mudança de ares. e de um momento para o outro, surje uma notícia de rajada, não a vi chegar. e dou por mim a ter comichão no nariz e quando passo a mão vejo-a molhada, over and over and over. e quando o A me abraça, a muralha que ainda tinha ao redor, desmancha-se e desabo num pranto sem me controlar, à frente que quem quer que visse.
aquilo que custa não são os outros terem algo que eu não tenho, não é os outros poderem não o merecer (quem sou e que sei eu?).. é a injustiça que sinto dentro de mim, é não poder controlar, ser um assunto que não tenho qualquer controlo. apenas quieta. e são os vários meses que já passei a segurar-me, a não olhar para o que me dói, para que não me doa ainda mais. e se há momentos em que sei que estou bem, há outros que já não me seguro. sinto-me suspensa. sinto-me velha, sem projectos essenciais.
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