terça-feira, 23 de agosto de 2011

não entres tão depressa nessa noite escura

perturbador, inteligente, muito tudo. envolvente, maníaco, sombrio, quase doentio.

de António Lobo Antunes

e todas as palavras que usei acima, é sobre o livro, não o escritor. após várias crónicas, textos "soltos" e outros, que li do António Lobo Antunes, este foi o primeiro livro que li dele.

acho fascinante como um homem conseguiu descrever assim a mente duma menina, duma mulher. acho fortemente inteligente a forma como o livro existe, a sua velocidade. no entanto, não me lembro da última vez que demorei tanto tempo a ler um livro de 551 páginas. de fevereiro a agosto!

enquanto o lia, tinha vontade de escrever sobre o que o livro me fazia sentir. nunca o fiz. sempre que abria o livro tudo ao redor parava e apenas quando o fechava conseguia novamente respirar. perturbador. emocionante, controverso. muitas palavras que podia usar aqui, caso as tivesse escrito no momento que as senti. não me lembro. o que ficou, a título pessoal, foi os vários momentos que me levou à minha própria infância, à casa dos meus avós, recordações várias, aos meus próprios pensamentos, daqueles que nunca partilhei com ninguém, daqueles que nunca pensei que mais alguém pudesse pensar ou sentir, pensamentos que mesmo que quisesse, já não conseguiria descrever aqui.

curiosidade, não é um romance, é poesia.

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