segunda-feira, 23 de agosto de 2010

um dia

não é que um dia tenha acordado e tudo estivesse diferente. tem sido ao longo dos anos. o crescimento de que algo não está bem e que o meu lado profissional está a querer morrer.
não estou a transpor algo de mim no meu trabalho, e o belo que há em mim, com tanta vontade de passar para fora, está trancado, amordaçado, já sem força para o que quer que seja.

nunca tive certeza do que "queria ser quando fosse grande", mas estar atrás de um computador o dia todo, sem fazer algo que me preencha. aprendi mesmo a gostar de coisas tão estranhas. trabalhar em excel, e quando descubro algo considerado raro fico feliz comigo própria, tal como quando aprendo um pouco mais do dito negócio, ou quando construo algo que pode ajudar o dia a dia do trabalho de quem está ao lado. aprendi a gostar de números e relatórios e matrix-trees..

este sistema... ter jogo de cintura, ser inteligente a gerir as conversas para que estas nos levem a determinados locais. os conflitos altamente pensados, sem qualquer escorregadê-la.. conversas ocasionais, de repente são altamente planeadas, sabendo que este vai falar com o outro, o que vai levar a quem eu quero um recado, com muito cuidado para que este jogo do telefone saia sempre a favor de quem interessa.

o belo. escrever, pintar, voar, ver, escutar, procurar por algo mais superior. está a morrer em mim.

somos tão pequenos e tão grandes, tão lentos e rápidos. no entanto deixamos tanta coisa escapar pelas nossas mãos.

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