gosto das conversas que ouvimos pelo caminho. saio da
estação de comboio, qual manada, com dezenas de pessoas a fazermos a mesma
avenida a pé. entre umas mais rápidas que outras, umas que chegam ao trabalho
em prédios mais perto que outras, umas que param para um café, a manada vai-se
reduzindo pelas estradas que vou atravessando e às tantas, começo a ouvir
sempre as mesmas duas ou três vozes muito perto de mim. não são sempre as
mesmas pessoas. mas são pessoas que, naquele dia, partilham uma história com
quem vai atravessando as mesmas estradas, ao mesmo tempo e ao mesmo ritmo que
elas.
hoje, de repente oiço.
- eu
não dormia. a minha avó é que tinha paciência para me dar colo e adormecer-me.
achas que a minha mãe tinha paciência para isso? claro que a minha avó não ia
trabalhar no dia seguinte..
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