domingo, 25 de setembro de 2016

querer, poder, ser.

lembro-me, desde sempre, querer ser mãe. pôr uma cadeira em frente a um espelho alto, pôr-me em cima da cadeira, esconder uma almofada na minha barriga e ficar a olhar e sonhar. vieram as descobertas da vida e algures esse querer desvaneceu-se.

depois veio o A e a certeza do amor, e depois uma maior certeza do querer que já existia: ser mãe.

deparo-me hoje, em vários momentos da vida, com o pensamento do: será que pensamos bem?

sei que quis muito ser mãe, e por ter descoberto problemas nos ovários ainda quis mais ser mãe. questionamo-nos, ambos, se o poderíamos ser, a nível de dinheiro, de logística, de paciência, etc. agora, não deveríamos ir a algum sítio fazer uns psicotécnicos, que nos dissessem se ser mãe e pai somos nós? vamos ou não ter capacidade, discernimento, tudo o que acreditamos ser imprescindível vamos colocá-lo ao nível intemporal e congruente?

desejar oferecer o base aos meus filhos e constantemente estar a questionar se estou, minimamente a passar-lhes isso.

sei ser mãe?

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